A OAB pediu revisão da lei por vê-la como meio de isenção aos torturadores e àqueles que cometeram crimes graves, como desaparecimentos e mortes, durante a ditadura militar. A entidade questiona o Supremo sobre se os crimes de tortura se enquadrariam ou não entre os crimes políticos e conexos, contemplados pela lei.
A entidade argumenta que o STF foi omisso ao não se pronunciar sobre os crimes de desaparecimento forçado. O recurso da OAB será relatado pelo ministro Luiz Fux. A polêmica em torno da Lei da Anistia foi reacesa na semana passada, com a denúncia do Ministério Público feita ao major da reserva Sebastião Curió Rodrigues de Moura, acusado pelo desaparecimento de cinco guerrilheiros do Araguaia, em 1974.
O prognóstico dos ministros é de que o STF rejeite o recurso da OAB e reafirme que a Lei de Anistia, de 1979, beneficiou militantes de esquerda e agentes do Estado que cometeram crimes cometidos durante a ditadura militar.
(Estadão)
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