O ministro e presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Orestes Dalazen, reconheceu publicamente que de cada grupo de 100 pessoas que ganham causas na Justiça Trabalhista, apenas 31 recebem o crédito, por absoluta ineficiência do processo de execução.
O quadro debilitado da especializada, não tem influência na parte processual e sim na material, de pessoal, e a sociedade já percebeu, e dá sua resposta.
Uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em parceria com o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), revelou que percepção negativa do Poder Judiciário de 80% é alta.
Recentemente o secretário-geral da OAB-DF, Lincoln de Oliveira, defendeu a implantação do Cadastro Nacional de Prerrogativas. Segundo o secretário-geral, será criado um banco de dados em cada uma das Seccionais, onde ficarão registrados todos os casos de violação aos direitos dos advogados no exercício da profissão.
Essa é uma questão que afeta advogados e clientes, e a iniciativa visa orientar a política de defesa do exercício profissional, que ao ser impedido de acesso aos autos, não ser recebido pelo juiz, e a precarização dos serviços de serventia, não consegue exercer o direito do cliente.
Sem dúvida a magistratura exige alta capacitação e deve ser bem remunerada, mas isso não pode servir para formar uma casta de privilegiados. Os problemas enfrentados hoje no Judiciário devem-se muito mais à má gestão administrativa dos tribunais.
Temos na verdade, um servidor elitizado que ainda julga situar-se acima dos cidadãos comuns, ao passo que a modernidade exige dos juízes, a postura de agentes prestadores de serviços, relevantes, nada mais além.
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