Depois
de uma reviravolta no plenário, os deputados aprovaram na noite desta
terça-feira (6), por 296 votos a favor e 124 contra, o projeto que redistribui
entre união, estados e municípios os tributos (royalties e participação
especial) provenientes da exploração do petróleo. “Chegou
a hora de resolver a questão dos royalties porque se trata de um projeto
fundamental para o crescimento do País, com distribuição de mais recursos para
melhorar a vida do povo brasileiro”, afirmou o presidente da Câmara, deputado
Marcos Maia (PT/SP).
Os
royalties são valores que os estados e municípios da federação recebem como
compensação por danos ambientais das empresas que exploram petróleo. A
participação especial é outro tributo pela exploração, mas incidente apenas
sobre grandes campos, por exemplo, das reservas do
pré-sal.
Da
forma como está hoje, dos bilhões de reais arrecadados 30% ficam com o governo
federal, 26,25% com os estados produtores, 26,25% com os municípios produtores,
7% com os estados não produtores e apenas 1,75% são repartidos para os
municípios não produtores.
Com
a nova proposta aprovada ontem, caso seja sancionada pela presidente Dilma
Rousseff, elevará o percentual de repasses para estados e municípios não
produtores de 8,75% para 40%.
Na
sessão que aprovou a nova regra, dos 39 deputados que compõem a bancada baiana
na Câmara Federal, 11 votaram contra o projeto de lei dos royalties do petróleo.
Destes, nove são do PT. Ou seja, com a aprovação do PL pela Câmara, estados como
a Bahia e todos os seus 417 municípios serão beneficiados com aumento de
receita. Segundo informações do Congresso em Foco, os deputados baianos que
votaram contra a distribuição dos royalties foram: Afonso Florence, Amauri
Teixeira, Emiliano José, Geraldo Simões, Josias Gomes, Luiz Alberto, Sérgio
Barradas Carneiro, Valmir Assunção e Waldenor Pereira – todos do PT - Antonio
Brito (PTB) e João Carlos Bacelar (PR). O prefeito eleito de Salvador ACM Neto
(DEM) votou pela aprovação da matéria. O deputado e ex-candidato à prefeitura da
capital, Nelson Pelegrino (PT), não votou. (Informações G1/Bahia
Notícias)
Há
de se lavar em conta que haveria de se ter uma regra de transição para os
muncípios e estados produtores, sob pena de inviabilidade econômica dos mesmos.
No entanto, se a nova metodologia de distribuição dos royalties entrar em vigor
o pais terá uma divisão mais equilibrada e igualitária, dos bilhões de reais com
a extração do petróleo, principalmente na camada do pré sal, pois esta riqueza
de todos os brasileiros, terá uma distribuição de recursos de forma mais justa
contribuindo para o fim das desigualdades regionais.
Uma sugestão, Vargas: porque você não publica aqui em seu blog a recente e lúcida análise de Antonio Risério sobre as recentes eleições em Salvador e no Brasil? Te mando até o link:
ResponderExcluirhttp://bahiaempauta.com.br/?p=69359