Marcos Valério prestou novo depoimento ao Ministério Público Federal. Em suas
revelações, cita Luiz Inácio Lula da Silva, Antonio Palocci e o assassinato do
prefeito Celso Daniel. A revista Veja já havia revelado que ele estava
interessado na delação premiada.
Alguns detalhes de seu novo depoimento vêm a público no dia que o PT promete
soltar uma espécie de manifesto contra o Supremo Tribunal Federal e aquilo que o
partido chama “mídia”.
Ontem, não se esqueçam, a primeira mulher de José Dirceu, numa entrevista
obviamente consentida pelo ex-marido, afirmou que ele e Genoino estão
protegendo… Lula!
PROMETE DAR DETALHES…
Leiam trechos da reportagem de Ricardo Brito e Fausto Macedo, no Estadão:
Empresário condenado como o operador do mensalão, Marcos Valério Fernandes de
Souza prestou depoimento ao Ministério Público Federal no fim de setembro.
Espontaneamente, marcou uma audiência com o procurador-geral da República,
Roberto Gurgel. Fez relatos novos e afirmou que, se for incluído no programa de
proteção à testemunha – o que o livraria da cadeia -, poderá dar mais detalhes
das acusações.
Dias depois do novo depoimento, Valério formalizou o pedido para sua inclusão
no programa de testemunhas enviando um fax ao Supremo Tribunal Federal. O
depoimento é mantido sob sigilo. Segundo investigadores, há menção ao
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao ex-ministro Antonio Palocci e a
outras remessas de recursos para o exterior além da julgada pelo Supremo no
mensalão – o tribunal analisou o caso do dinheiro enviado a Duda Mendonça em
Miami e acabou absolvendo o publicitário.
Ainda no recente depoimento à Procuradoria, Valério disse já ter sido
ameaçado de morte e falou sobre um assunto com o qual parecia não ter
intimidade: o assassinato em 2002 do então prefeito de Santo André, Celso
Daniel.
A “troca” proposta pelo empresário mineiro, se concretizada, poderá livrá-lo
da prisão porque as testemunhas incluídas no programa de proteção acabam mudando
de nome e passam a viver em local sigiloso tentando ter uma vida normal. No caso
da condenação do mensalão, Valério será punido com regime fechado de detenção. A
pena ultrapassou 40 anos – o tempo da punição ainda poderá sofrer alterações no
processo de dosimetria. O empresário ainda responde a pelo menos outras dez
ações criminais, entre elas a do mensalão mineiro.
( Por Mário Assis/Tribuna )
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