
Pela primeira vez, uma operação entrou no gabinete da presidência da República. Além disso, constrangendo o ex-presidente Lula em questões íntimas. Por isso mesmo, é o grande teste da relação entre Lula e atual presidente Dilma Rousseff
Por ser tão sensível, a operação levantou algumas questões centrais: o ministro José Eduardo Cardozo sabe do que se passa na Polícia Federal ? . Além disso, houve falha dos órgãos de inteligência do governo? Em entrevista, Cardozo defendeu sua posição e disse que não se pode controlar o trabalho da Polícia Federal
Mas, neste fim de semana, texto da revista Veja, intitulado "O último a saber da operação", informa que a presidente Dilma cogitou demiti-lo. "A presidente Dilma Rousseff soube da Operação Porto Seguro pouco depois das 8 da manhã da sexta-feira por um telefonema de Luís Inácio Adams, advogado-geral da União. Adams havia sido acordado minutos antes por seu número 2, José Weber Holanda, um dos investigados. Dilma pediu para localizar o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, mas ele não atendia aos telefonemas. Já irritada, a presidente só conseguiu falar com o ministro duas horas depois, quando soube que ele não tinha conhecimento de nada (…) Três dias depois, Cardozo não conseguia dizer à chefe com segurança se havia ou não escutas telefônicas envolvendo Rosemary e o ex-presidente Lula".
Segundo a reportagem, Dilma só não demitiu Cardozo por "temer passar a imagem de que não aceita que a PF investigue seu governo". A dúvida sobre se há ou não grampos relacionados ao ex-presidente Lula, no entanto, persiste. A declaração do delegado Roberto Troncon, responsável pela operação , não bate com a da procuradora Suzana Fairbanks, que acompanhou o caso pelo Ministério Público
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