Casa Nova - Bahia

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9 de dezembro de 2014

Reflexões sobre impunidade, desarmamento e corrupção


Por Roberto Nascimento
Um ministro do STF confessou, em entrevista ao jornalão do Rio de Janeiro, que o povo já sacramentou a consciência de que a “Justiça” penal só existe contra os pobres e miseráveis e eles não fazem nada para mudar, pois continuam soltando bandidos do colarinho branco e possibilitando a fuga deles para a Itália, principalmente porque os italianos não perdoam o Brasil, que não entregou o terrorista Cesare Battisti e agora qualquer bandido que fugir para lá não será devolvido ao Brasil. Podem perder a esperança.
O juiz federal Sérgio Moro, do Paraná prende, e o outro ministro da última instância solta, isso é patético, vergonhoso, incrível. O brasileiro está à mercê dos bandidos de todas as cores e classes sociais. Para piorar, obrigaram os cidadãos de bem a entregarem suas armas, impossibilitando qualquer reação para salvarem suas vidas. Só os policiais e os bandidos têm o direito de portar armas. Não há a menor lógica nisso tudo.
Daqui a pouco viveremos um inferno, com a cidade partida e enfeitada de “muros de Berlim” para todo lado. A quem interessa tal descalabro?
ESCOLAS DE QUALIDADE
O aumento do número de presídios também é medida paliativa, seria melhor a construção de escolas de qualidade e a possibilidade dos formandos encontrarem emprego, o que consequentemente reduziria a criminalidade. Na outra ponta, leis penais severas contra corruptos e corruptores, principalmente na relação promíscua entre o Estado e os entes privados.
Entretanto, reconheço que essas medidas drásticas só acontecerão se irromper um processo similar à Revolução Francesa, com a queda desse Parlamento e a gestação de outro mais sintonizado com as causas do povo. Pela via democrática, jamais serão suprimidos os privilégios da casta encastelada no Poder. O corporativismo entre eles é avassalador e difícil de ser quebrado.
Os três plenos poderes confundem-se numa simbiose, e podemos dizer que existe apenas um, aquele que sufoca todos nós, obrigando-nos a pagar impostos progressivos para sustentar a máquina azeitada e o Brasil parado em berço esplêndido.
( Tribuna da Imprensa )

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